A
arte de saber viver é fazer todo dia as boas escolhas, é não entregar a chave
da nossa felicidade interior, que só pertence a nós.
Saber
viver é olhar para os problemas e ter a liberdade de agir. Saber viver é deixar
se conduzir por si mesmo. Saber viver é ler o Evangelho de Jesus e colocá-lo em
prática; é ouvir a voz de Deus e cultivar essa espiritualidade de fé. Saber
viver é ter gratidão pela vida, é falar uma palavra de amor, que vai ao coração
de Deus e não volta sem a resposta da luz.
A coisa mais importante é
possuirmos o dia de hoje. Só hoje podemos ser felizes, é o que está em nossas
mãos. O amanhã ainda não chegou, e o ontem já passou. As nossas dores são
frutos dos restos do ontem ou do medo do amanhã. Façamos tudo o que for
possível para que o dia de hoje seja nosso, já que nos foi dado tão
generosamente. Respeitamos de tal forma que, quando formos dormir, possamos
dizer: Hoje fomos capazes de viver e amar, e combatemos o bom combate.
Quando estivermos no fundo do
poço, façamos de conta que não sabemos, um dos sinais de inteligência é parar
de cavar. Sabemos que nem todas as escolhas são válidas. Se todas as escolhas
tivessem validades estávamos no campo do relativismo, que é ausência de
critério.
O erro é para ser corrigido,
não para ser punido. O que se pune é a negligência, a desatenção, o descuido.
Nenhum de nós é capaz de fazer tudo certo o tempo todo, e quando errar, não
desistir, porque não aprendemos com o erro e sim com a correção do erro.
Para viver bem é preciso saber distinguir o que é essencial
e o que é fundamental. Essencial é tudo aquilo que não podemos deixar de ter:
felicidade, amorosidade, lealdade, amizade e religiosidade. Fundamental é tudo
aquilo que nos ajuda a chegar ao essencial; é aquilo que nos permite conquistar
algo como o trabalho e o dinheiro.
Saber
viver é contemplar este mundo num sorriso de uma criança, é admirar o vôo
delicado das borboletas, o cantar dos pássaros, a mão que é estendida para
servir, o olhar que busca o outro e se oferece, a palavra que exprime a
disponibilidade ao acolhimento, a simpatia que se transforma em abrigo para os
nossos semelhantes. Como é bom repartirmos com os que também caminham e buscam
as pequeninas e belas conchas que encontramos nas franjas do oceano da vida.
Que
as nossas mãos sejam colocadas como socorro para os que sofrem, assim como o
coração e a mente sejam movidos para o amor ao próximo, porque, para quem ama
as estrelas são sempre uma luz rutilante, além de todas as nuvens e sombras,
porque o desprendimento conta as glórias da vida, fazendo o sol surgir para
nossas almas.
Abençoado
o chão, as árvores e as águas que têm sido suportes na busca do fundamental
para a sobrevivência. Tenhamos a certeza e a esperança de que todos se dêem as
mãos, e que não faltem o pão, o agasalho e o teto, não mais faltem às
criaturas. Se a natureza retrata o carinho de Deus para com a terra, quão
imenso deve ser o sentimento de gratidão da vida além da vida.
Ser
feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza e a dor. Não
é apenas comemorar sucesso, mas aprendermos lições de vida que nos ensinam as
superações. Não é apenas termos prazer nos aplausos, mas encontrarmos alegria
no anonimato.
Para
saber viver bem, não permitamos que a correria do dia a dia seja mais urgente do
que importante. Sejamos felizes, porque felicidade é sinônimo de tranquilidade,
e está bem próxima da paz.
A
nossa vida é um aprendizado constante, nunca ela é uma formatura.
Referências
bibliográficas
Cortella, Mário Sérgio, O que a vida me ensinou,
SP, Ed. Versor, 2009.
Biscalquin, Dalcides, palestras.
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