11 de mai. de 2013

O QUE DEVO DIZER?


           




             Hoje amanheci pensando naqueles que sofrem nas prisões, nos asilos; os jovens que são contaminados pelas drogas. Pensei também nas famílias sertanejas, que no seu labor diário enfrentam o sol escaldante para sustentarem suas proles.

         Debrucei-me sobre essas misérias humanas vestido de compaixão e iluminado pela solidariedade, sentimentos capazes de transformarem o mundo, onde hoje os corações são insensíveis aos sofrimentos alheios. Mas, se não posso mudar o mundo, pelo menos extravaso meu sentimento de humanidade.

         Esta é a hora de levantar a bandeira para a transformação, para uma política que reconheça a extensão desses problemas que muitos ignoram.

         Há sempre um caminho de luz em cada vida, convidando almas que estejam dispostas a nascer de novo, porque não haverá nova vida se não houver conversão, apesar de muitos pagarem por aquilo que não foram corretos, ou seja, por manifestações equivocadas de uma indigência espiritual. O importante não é o que a pessoa fez, contabilizando crimes e outros delitos, mas, mudar o sentido de sua vida, nascendo de novo, e sendo pessoas com conceitos e atitudes nobres.  Para todas elas há infinidades de sementes esperando pelo direito de nascer de novo.

         Portanto, todos nós somos responsáveis por esta transformação: governo e povo, só assim haverá um mundo melhor.  Ninguém está neste mundo apenas a passeio, mas há os que caminham acordados e os que fazem longas distâncias dormindo e sonhando feitos sonâmbulos. Está na hora de enfrentar esses problemas cruciantes que afetam as famílias, onde não podem estar no mesmo lugar luz e trevas, porque não coabitam entre si. Espero que a Luz Divina prevaleça, brilhe e restaure a vida de cada um.

         Eis como devo dizer e repartir a minha missão com aqueles que buscam encontrar as belas e pequeninas conchas do oceano da vida. Faz parte desse meu trabalho falar, aconselhar, dirigir aos corações e às mentes que sofrem, as possibilidades de equilíbrio e paz. Procuro a comunhão que há entre o meu desejo de ajudar e a força divina que toca os meus dizeres. Afirmo que os caminhos percorridos até hoje não trazem somente poeira e cansaço, mas um aprendizado, novo de como se deve comportar ao longo do caminho que ainda existe pela frente.

         O sol, lá nos ombros das montanhas, chama aqueles que ainda precisam desses novos caminhos. Amanhã virá não apenas uma nova aurora, mas, quem sabe, possibilidades renovadas de luz, no dizer bíblico: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e Luz para o meu caminho”. (Sl. 119:105).

         Você que está sofrendo e se encontra num presídio cumprindo uma pena; você que se encontra num leito de um hospital esperando a sua cura; você que se encontra na rua perambulando ou debaixo de um viaduto fumando crack, eu estendo o meu olhar de compaixão, não um olhar de quem indaga, mas de quem se oferece a descobrir você, não pela diferença, mas pela semelhança, pois eu quero me solidarizar com a sua dor, como quem sabe o que é sofrer. 
  
         É preciso ter raízes bem fincadas e espalhadas pelo chão, de tal forma que os ramos sejam elevados para o alto e para a luz, buscando Deus, não apenas com os anseios de satisfazer os egos, mas com a seiva mesma das comunhões humanas.

         Sinto que há um pulsar de tantos corações que sofrem com o barulho da vida que os rodeia, fazendo rolar lágrimas, no dizer do poeta: “Há lágrimas que rolam pela face e outras que rolam pelo coração”.

         Deus está olhando para cada um de vocês que sofre todos os dias. Agradeçam a Ele pela Sua misericórdia quando tudo estiver dando certo, e também quando não estiver. Lembre-se que tudo passa, e a única coisa que fica é a esperança de que amanhã seremos melhores do que somos hoje.

 
Antonio Wilson Moura
4 de maio de 2013.

Dia das Mães





       Às nossas queridas mães, dedicamos esse dia celebrativo, a quem nos deu a vida com o seu exemplo de amar e sofrer, todo sacrifício feito por amor, quando somos presenteados pela alegria de nos dar a vida, nos hospedou em seu ventre, onde pontifica o amor incondicional e verdadeiro. 

         Com o olhar de proteção, com as mãos que nos acariciam, ressuscita sempre os seus afetos quando nos olha com um sorriso que se abre como se estivesse prostrada diante de um altar.

         O que podemos dizer às mães é o nosso muito obrigado por aceitar essa missão de fé de ser mãe, enfrentando as dificuldades da vida, mas permanecendo sempre de pé, no cumprimento da sua missão honrosa em aceitar essa santidade de ser mãe, que é dom de Deus.

         Esta é a nossa crença e a nossa fé sedimentada nesta luz divina, a quem Deus confiou o milagre de dar a vida, ser mulher e ser mãe.

         A vocês mãezinhas que não mais se encontram neste mundo, sentimos a nossa saudade como coisa positiva, porque só se tem saudade do que é bom, pois, com certeza, vocês estão na eternidade, a quem o Senhor destinou a alma e a vida, e guardamos aqui no coração o beijo das suas ausências, onde vocês serão o nosso eterno domicílio da saudade.

         É sempre bom falar de mãe, de sua história de heroísmo, ou melhor, da nossa história também.

         Mãe é sempre mãe, nos casebres, nas prisões, nos hospitais, nas igrejas, nos cemitérios, nas ruas e nos becos.

         Mãe é sempre necessária para que haja mais vida.

Antonio Wilson Moura
12 de maio de 2013.